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Estudo indica: taninos na dieta dos suínos podem reduzir a oxidação da carne

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Um estudo conduzido por pesquisadores italianos explorou os efeitos dos taninos hidrolisáveis na qualidade da carne suína. Os taninos são compostos fenólicos encontrados em plantas, conhecidos por suas propriedades antioxidantes e antimicrobianas.

A pesquisa envolveu 20 porcos machos castrados, divididos em dois grupos: um grupo controle e um grupo experimental que recebeu uma dieta suplementada com taninos hidrolisáveis. Durante 56 dias, os pesquisadores acompanharam o consumo de ração, o peso corporal dos porcos e diversos parâmetros relacionados à qualidade da carne.

Os resultados mostraram que a inclusão de taninos na dieta dos suínos não afetou negativamente o ganho de peso, o rendimento da carcaça ou o pH muscular. Além disso, não houve alterações significativas na gordura intramuscular ou na estabilidade da gordura dorsal e cor da carne.

 

Uma descoberta importante foi a redução do teor de colesterol na carne dos suínos alimentados com taninos. Embora não tenha impacto direto na qualidade nutricional, esse resultado sugere benefícios adicionais para a saúde.

Outro aspecto analisado foi a capacidade antioxidante da carne suína, que não foi afetada pela suplementação de taninos. No entanto, houve uma diminuição na atividade de uma enzima antioxidante, a superóxido dismutase.

Em relação à estabilidade oxidativa, os pesquisadores observaram uma redução na oxidação lipídica da carne suína, indicando um efeito positivo dos taninos como antioxidantes.

Em suma, os resultados indicam que a inclusão de taninos na dieta dos suínos pode reduzir a oxidação da carne, sem comprometer sua qualidade organoléptica ou o desempenho dos animais. Essas descobertas têm o potencial de beneficiar tanto os produtores quanto os consumidores, destacando o papel dos taninos na produção de carne suína de alta qualidade.

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