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Redução da mortalidade de porcas na América do Norte é desafio

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Em um estudo divulgado pela MetaFarms, empresa sediada em Minnesota, nos Estados Unidos, e especializada em software e análise para o setor suinícola, constatou-se um aumento de 1% na mortalidade de porcas em fazendas dos Estados Unidos durante o ano de 2023, comparado a 2022. Este incremento elevou o índice para um patamar recorde na indústria, alcançando 15,3%. A análise apontou causas diversas, com destaque para prolapsos uterinos e retais, problemas relacionados à condição corporal e questões gerais de saúde, além de uma significativa parcela de causas não identificadas.

Por outro lado, o cenário no Canadá apresenta-se de forma mais otimista. Um levantamento realizado por uma equipe interdisciplinar envolvendo o Prairie Swine Centre, da Universidade de Saskatchewan, e outras instituições revelou que a mortalidade anual média de porcas no país é substancialmente menor que a dos EUA, situando-se em 5,7%. A pesquisa também identificou uma maior incidência de mortalidade entre porcas gestantes em grupos, sugerindo que a experiência no manejo desses grupos pode influenciar positivamente os índices de mortalidade.

A Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS) foi destacada como um dos fatores que contribuem para as mortes, afetando diretamente o sistema imunológico dos animais e aumentando sua vulnerabilidade a infecções secundárias.
 

O estudo canadense também menciona a correlação entre o tamanho das explorações suinícolas e a taxa de mortalidade, apontando para possíveis desafios na gestão de grandes propriedades, como a escassez de pessoal e a dificuldade no tratamento adequado de animais comprometidos.

Diante desses desafios, especialistas apontam a capacitação contínua das equipes de trabalho como medida crucial para a prevenção da mortalidade de porcas. Brad Eckberg, da MetaFarms, enfatiza a importância do treinamento para identificação precoce de problemas e a adoção de cuidados específicos. Exemplos de sucesso, como o de um agricultor norte-americano que alcançou taxas muito baixas de mortalidade, ilustram como a combinação de rigorosa biossegurança, atenção à genética, análise de dados e trabalho em equipe entre gerentes, nutricionistas e veterinários pode resultar em melhorias significativas.

Essas estratégias evidenciam que, apesar dos desafios enfrentados pela indústria suinícola na América do Norte, há caminhos eficazes para a redução da mortalidade de porcas, combinando conhecimento técnico, gestão e comprometimento com o bem-estar animal.

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